sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FALANDO UM POUCO DE FUTEBOL...

Sobre a Unificação dos títulos, assunto que vem tomando espaço na mídia.

Li blogs de vários repórteres e comentaristas, de diferentes canais de tv e revistas esportivas, e muitos deles compartilham da mesma opinião, de que a unificação foi mera e pura politicagem. Concordo. Não nego que exista politicagem por trás desta decisão da CBF, assim como não nego que em todos os segmentos da vida também ocorram politicagens, muitas vezes consciente ou inconscientemente participamos de uma politicagem,pois é intrínseco no ser humano a busca por vantagem própria, sem querer entrar no mérito do certo ou errado, não é disso que quero tratar.

Aplicando o conceito de que, Taça do Brasil é igual a Copa do Brasil, pois a fórmula dos torneios é parecida, certo ? Vamos aplicar este critério ao Campeonato Mundial Interclubes. Como sabemos, a FIFA ainda não reconhece a intercontinental como Campeonato Mundial, ok ?

Assim, se algum dia a FIFA percebesse que isso é um erro e tentasse unificar o Campeonato Mundial com a Intercontinental, segundo seu critério ela não poderia fazê-lo? Porque os dois primeiros campeonatos que o São Paulo disputou eram outro tipo de torneio, com menos times (só dois) e, claro, menor número de jogos, e o atual campeonato considera times de todos os continentes e privilegia times da América do sul e da Europa.
 
Estes critérios expostos pelos repórteres e comentaristas em seus blogs tiraria 2 campeonatos mundiais do São Paulo. No entanto, ainda não ouvi ninguem dizer que o São Paulo não é tricampeão mundial, e sim campeão mundial.
 
Não tem como fazer equivalência justa usando o tipo de campeonato como critério; a única forma é pela importância do campeonato nacional, e não regional. Agora, concordo que o Palmeiras não poderia ser campeão 2x em um mesmo ano, devendo-se contar apenas o título do campeonato mais forte do ano, que era o " Robertão " porque a Taça Brasil perdeu importância só nesses últimos anos, e estendo isso ao Botafogo também; porém, essas exceções que não devem impedir o que é justo.
 
Vamos avaliar a Taça Brasil. A taça brasil NÃO era um torneio paralelo, como querem dizer, que tinha como objetivo levar um time a libertadores da américa. Apenas os times da elite do futebol brasileiro participavam dela. O fato de os times de SP e RJ já entrarem na fase final da Taça Brasil é simples: eles sempre eram campeões dessa Taça, claro, com alguns títulos fora desses dois estados ocorridos, como o primeiro da Taça Brasil, conquistado pelo Bahia.

O que faz um campeonato grande não é o nome ou o tamanho dele, e sim sua importância. Se formos seguir pelo raciocínio construído por estes formadores de opinião, então os campeonatos realizados antes de 2003 devem ser invalidados, pois tiveram inúmeras fórmulas diferentes. E a Copa João Havelange? Vamos considerá-la ou não? Afinal o São Caetano chegou às finais vencendo o módulo amarelo, que era equivalente a série B, lembrando também que o Fluminense voltou a série A por causa dessa fórmula de disputa implantada na Copa João Havelange . Reclama-se de critério, mas está faltando critério nas avaliações feitas pelos nobres jornalistas.
 
O reconhecimento destes títulos poderia ter sido feito a muito tempo atrás, por João Havelange, que era presidente da CBD e criador do Campeonato Brasileiro ( com este nome oficialmente ) em 1971. Lambanças ocorreram, e a CBF sempre tem posturas contraditórias em várias de suas realizações, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa; os títulos conquistados entre 1959 e 1970 são legítimos e ganhos dentro de campo.
 
E TENHO DITO