sábado, 13 de novembro de 2010

O CONHECIMENTO.....

Aprendi com minhas experiências anteriores que o conhecimento só tem significado quando as pessoas ao meu redor podem se beneficiar dele. 
O conhecimento literalmente liberta. Viver sem ele é viver preso nas amarras da ignorância, perdendo-se constantemente em um labirinto de " incertezas ". Carregar consigo o conhecimento sem compartilhá-lo, escondendo-o daqueles que precisam, é um crime hediondo e " inafiançável ", ao meu ver, segundo as leis da filosofia, que ensina a solidarizar-se com os que vagam sem direção, dando de " comer " do conhecimento, àqueles que estão desnutridos do saber.

Pela Teoria do Conhecimento na Antiguidade, podemos perceber que os filósofos gregos deixaram algumas contribuições para a construção da noção de conhecimento:


a. Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual
b. Estabeleceram diferença entre aparência e essência.
c. Estabeleceram diferença entre opinião e saber
d. Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade 

Quantas e quantas vezes nos perdemos entre os 2 extremos: aparência e essência, opinião e saber...

Enfim, vemos em muitas pessoas a exposição de um saber baseado apenas no que " ouviu falar ", " crendices ", e várias outras " ices ", e nessa vã maneira de viver destróem sua reputação, seu caráter, perguntando-se após várias topadas no caminho " o que aconteceu ? ", " por que sou tão derrotado ? ". A resposta pra todas as mazelas vividas por essas pessoas está no conhecimento.

Abaixo exporei uma tabela que mostra formas de conhecermos o mundo:

Modos de Conhecer o Mundo Critérios de verdade

Objetivação


Metodologia
Relação sujeito-Objeto

1. O Mito
A Fé Dogmatismo - Doutrinamento e Proselitismo A experiência pessoal Relação Suprapessoal, onde a Revelação do Sagrado se manifesta (revela) sobrenaturalmente ao profano através do rito (Dramatização do mito, ou seja, da liturgia religiosa).
2. A Filosofia A razão A razão discursiva. A dialética
(O discurso)
Relação transpessoal onde a palavra diz as coisas. O mundo se manifesta pelos fenômenos e é dizível através do logos.
3. O Senso Comum A cultura ética e moral A Tradição cultural As crenças silenciosas
(Ideologias)
Relação interpessoal, onde a ideologia estabelecida pelas idéias dominantes e pelos poderes estabelecidos.
4. A Arte A estética Esteticismo = A subjetividade do artista e do contemplador (observador) da arte. O gosto Relação pessoal, onde a criatividade e a percepção da realidade do autor e a interpretação e sensibilidade do observador.


5. A Ciência
A experimentação Objetividade -Comprovação de uma determinada tese de modo objetivo A observação Relação "impessoal", A isenção do cientista diante de sua pesquisa: O mito da neutralidade científica.
fonte: *http://www.mundodosfilosofos.com.br/

Estas 5 formas nos direcionam ao topo da montanha, o cume onde está depositado nosso tesouro. E é o conhecimento que nos faz distinguir durante nossa caminhada o que é e o que não é conveniente fazer para alcançarmos nossa meta.

Vou lhes contar uma parabóla sobre o conhecimento:

Um grande rei, pai de três filhos, queria escolher um deles para ser o seu sucessor.

A decisão estava muito difícil, porque os três eram inteligentes e muito corajosos.

Além disso, eles eram trigêmeos, e o rei não encontrava uma forma de fazer a escolha.

Então, procurou um sábio, que lhe deu uma idéia.

O rei foi para casa, chamou os três filhos, deu a cada um deles um pacote com sementes e avisou que partiria para uma peregrinação religiosa:

- Eu ficarei viajando durante um ou dois anos, talvez mais. Vocês terão de me devolver estas sementes quando eu retornar. E aquele que cuidar melhor delas será escolhido o meu sucessor!”

O primeiro filho pensou:

- O que eu deveria fazer com estas sementes?

E então trancou as sementes em um cofre, raciocinando que , quando o pai voltasse, ele devolveria as sementes como as havia recebido.

O segundo filho pensou:

- Se eu trancar as sementes, como meu irmão fez, elas morrerão. E sementes mortas não são mais sementes.

Assim ele foi ao mercado, vendeu as sementes e guardou o dinheiro.

- Quando meu pai voltar vou ao mercado e compro sementes novas e melhores do que as que ele me deu - planejou.

O terceiro filho foi ao jardim e atirou as sementes por todos os lugares.

Quando o pai voltou, três anos depois, o primeiro filho abriu o cofre.

As sementes estavam mortas, secas.

O pai perguntou:

- São as sementes que dei a você? Elas tinham a possibilidade de desabrochar, transformar-se em flores e dar um delicioso perfume, mas agora estão mortas.

O segundo filho correu ao mercado, comprou as sementes, voltou e deu-as ao pai.

- A sua idéia foi melhor, mas você não criou nada de especial - afirmou o rei.

Então, perguntou ao terceiro filho;

- E você o que fez com suas sementes?

O rapaz se levantou e convidou o pai para irem até o jardim, ao chegarem lá, o pai se deparou com uma centena de plantas crescendo e flores se abrindo por todos os cantos.

E o filho explicou todo constrangido, imaginando que teria feito tudo errado.

- São as sementes que você me deu.

O pai então o abraçou e disse:

- Você é o meu sucessor. Essa é a maneira correta de proceder com as riquezas.

Estamos vivendo a era do conhecimento e da informação e o conhecimento é como as flores, não pode ser guardado no cofre. Para florescer e gerar novos conhecimentos precisa ser cultivado e distribuído.
Buscar o conhecimento se especializando, pesquisando, entendendo  o mundo a sua volta através da leitura ( revistas, livros, jornais, artigos científicos ) fará que você esteja mais apto a enfrentar os desafios da vida. Distribuindo ao redor o conhecimento fará com que as pessoas por tabela se inspirem a procurar o conhecimento e a mudar suas vidas.

Conhecimento adquirido, mas enterrado em um cofre dentro de mim, será como as sementes do primeiro filho do rei: sem utilidade e infrutíferas

              Cogito, ergo sum ( Penso, logo existo ) 
                          René Descartes


E TENHO DITO!!!!!!!!!!!!!!!!!!

* site criado por  Prof. Vanderlei de Barros Rosas - Professor de Filosofia e Teologia. Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil; Pós-graduado em Missiologia pelo Centro Evangélico de Missões; Pós-graduado em educação religiosa pelo Instituto Batista de Educação religiosa.












Um comentário:

  1. Muito interessante o conteúdo de seu blog. Parabéns. Já o estou seguindo.

    Aproveito para convidá-lo a conhecer o meu blog, e se desejar também segui-lo, me sentirei honrado.

    www.hermesfernandes.com

    Aparece lá!

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